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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cartas de amor a Lilja Brik - Vladimir Majakovskij



Publicado em 1973 pela editora Hemus o livro reúne cartas enviadas por Vladimir Maiakovski à sua amante, Lilya Brik, entre 1917 a 1930.


Com introdução de Giansiro Ferrata e tradução de João Amendola.

Maiakovski, filho de um guarda-florestal, nasceu na Geórgia em 1893. Em 1906, após a morte de seu pai, ele e a família mudam-se
para Moscou. É quando surge o seu interesse pela literatura marxista e que o faz tomar parte em atividades do Partido Social-Democrático Operário Russo, filiando-se posteriormente.  Foi preso três vezes sob a acusação de atividades subversivas, mas por ser menor de idade, livrou-se da pena de deportação. Em 1911, entrou na Escola de Belas Artes e ali, com outros artistas, deu início ao chamado movimento cubo-futurista russo. Em 1914, por causa de suas atividades políticas, Maiakovski acabou sendo expulso da Escola de Belas Artes. Após a Revolução Socialista, em 1917, o grupo futurista aderiu ao novo regime. Maiakóvski dedicou-se à propaganda pela consolidação do novo Estado. Escrevia e desenhava cartazes de campanhas sanitárias, publicidade de produtos etc. Em 1923, fundou a revista LEF, que pretendia reunir "a esquerda das artes". Ou seja, artistas de esquerda que desejavam ser revolucionários também no plano artístico. Mas, ao longo dos anos 1920, a inquietação do poeta começou a incomodar a crescente burocracia do novo regime. Envolvido em desilusões políticas e desapontamentos pessoais, Vladímir Maiakovski matou-se com um tiro em abril de 1930.
fonte: poesia.net




Cartas de Amor a Lilja Brik.
Exemplar disponível na biblioteca


Revirando a História de Guarulhos - Elói Pietá



Em Revirando a História de Guarulhos, seu autor, que foi prefeito de Guarulhos entre 2001 e 2008,  investiga a história da cidade sob a perspectiva dos setores populares  da sociedade. Aborda o perfil geográfico e demográfico do município, o processo de industrialização, a história da administração municipal entre os anos de 1920 a 1990 e a trajetória dos partidos de esquerda. O livro tem ainda a apresentação de Emir Sader.


Nas palavras de Pietá:

“Este livro dedica-se a mostrar como se formou a cidade de Guarulhos. Expõe seu processo de industrialização, a origem de seus habitantes, o enriquecimento de poucos e as duras condições de vida de centenas de milhares de pessoas. Analisa como algumas famílias privilegiadas sempre dominaram o poder local e dele tiraram proveito. Avalia a Prefeitura, a Câmara Municipal e mostra como funciona o mecanismo de acesso ao poder, de favorecimentos e de corrupção. Conta como se deu a criação e o desenvolvimento dos sindicatos, das inúmeras outras formas de organização popular e das organizações políticas geradas nesse meio. Ajuda a entender uma das grandes cidades do Brasil contemporâneo. Contribui, por isso, para um melhor conhecimento do país”.



Abaixo, excerto extraído do livro:

“O prefeito Oswaldo de Carlos elegeu-se facilmente por quatro motivos principais:
Primeiro: O PMDB capitalizava a insatisfação popular contra a ditadura militar e seu partido, PDS, bastante desgastado. Segundo: a administração local anterior saía com boa imagem. Terceiro: o candidato havia montado uma rede de cabos eleitorais espalhados em todos os bairros, empregados públicos liberados para fazer a sua campanha, ao mesmo tempo dirigentes de Sociedades Amigos de Bairro. Quarto: tinha recursos fáceis para uma campanha massiva; os cofres públicos, somados aos recursos de grandes imobiliárias, empreiteiras, empresas de ônibus e outros empresários, todos com interesses junto ao poder público.

Ele não tinha programa administrativo. A única mensagem era: “Somos PMDB e vamos dar continuidade à administração anterior”.

Com isso continuaria em vigor todo o plano executado na cidade nos anos precedentes, sem atacar nenhum problema pela raiz. Exceto numa nova conjuntura: os homens do PSDB sabiam, mas não diziam durante a campanha,  que as finanças públicas estavam quebradas; o município mergulhado em dívidas; e o país vivendo um período de crise econômica”.
Elói Pietá, Revirando a História de Guarulhos, 1992, pág. 59 e 60.