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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

RODA DE LEITURA 2012 - Chuva Negra

Dia 1º de setembro, às 15 horas, a Biblioteca Comunitária e Ateliê do Coletivo 308 receberá mais uma vez Lucia Sasaki para a realização de mais uma RODA DE LEITURA 2012. Para esse encontro o livro que será debatido é Chuva Negra, romance de Masuji Ibuse de 1965. Lucia é bibliotecária, contadora de histórias e realiza o projeto RODA DE LEITURA desde 2008, sendo que atualmente ela faz dois encontros por mês, um na Biblioteca Comunitária da Ponte Grande e outro dentro da Livraria Nobel, no Espaço Novo Mundo, Av. Salgado Filho, 1453.
Para participar é fundamental que os participantes compareçam com a leitura individual já realizada para faciliar as discussões a respeito da obra literária.




Chuva Negra
Autor: Masuji Ibuse
Editora: Estação Liberdade
Páginas: 325
Sinopse: ‘Chuva Negra’ (Kuroi Ame), é a principal obra do escritor Masuji Ibuse. Publicado originalmente em 1965, o romance revela como a experiência traumática da bomba atômica que atingiu Hiroshima em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, permanece atual como expressão dos vários reflexos de um evento atroz na experiência pessoal de cada vítima e na história da humanidade em geral. Na trama, passados quase cinco anos da explosão, Shigematsu Shizuma e sua mulher, Shigeko, ambos com os sintomas daqueles que foram expostos à radioatividade, tentam arranjar um casamento para a sobrinha Yasuko. O boato de que também ela estaria contaminada, porém, afasta os pretendentes. Para provar que os comentários são infundados, o tio decide transcrever o diário da sobrinha daquela época, além de seu próprio e o da esposa, mas os escritos provam que a jovem esteve sob a ‘chuva negra’ a caminho de Hiroshima. Suprimir ou não essa informação? E o que não estaria registrado a tinta pelo tio no novo manuscrito mudaria os rumos da história esboçada por aquela outra tinta que caiu do céu e se inscreveu no sangue de Yasuko? ‘Chuva Negra’ também se tornou um marco do cinema japonês. Foi adaptado para as telas pelo diretor Shohei Imamura (1926-2006), em 1989. Recebeu menção especial no Festival de Cannes em 1990.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Como não ser enganado nas eleições - Gilberto Dimenstein


Capa-do-livro-Como-nao-ser-enganado-nas-eleicoes

João Luís de Almeida Machado é Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
Precisamos aprender com urgência

“Ao votar, a primeira recomendação é ter calma. Eleição é assunto sério, o voto é um ato de cidadania importante e precisa ser muito bem pensado, analisado. Além do mais, votar não é apenas escolher um candidato, colocar o voto na urna e pronto, acabou. Quando você vota, escolhe alguém que, se eleito, deverá representar todos os seus eleitores”. (Herbert de Souza, o Betinho, no prefácio do livro “Como não ser enganado nas eleições).


Há certas histórias relacionadas aos períodos eleitorais no Brasil que parecem apenas parte do anedotário nacional. Casos como aqueles dos eleitores que trocavam botas por seus votos e que recebiam um dos pés desse calçado antes do voto e o outro depois de consumada a sua escolha (em prol do candidato que o havia corrompido), são muito mais do que simples piadas, são questões muito sérias, que merecem um cuidadoso exame e criteriosas formas de educar os eleitores para evitar que isso volte a acontecer.
O jornalista Gilberto Dimenstein teve a felicidade de pensar a respeito do tema e, há alguns anos atrás, reuniu algumas personalidades de destaque da área cultural para produzir um precioso livro destinado a estudantes. O título desse livro não podia ser mais direto e objetivo, trata-se da obra “Como não ser enganado nas eleições”, publicado pela Editora Ática, com o apoio do grupo Folha Educação e da Associação de Escolas Particulares.
Entre os colaboradores dessa publicação estão jornalistas e articulistas como Carlos Heitor Cony, Elio Gaspari e Boris Casoy, os sociólogos Bolívar Lamounier e Herbert de Souza (o Betinho, já falecido) ou ainda o publicitário Washington Olivetto, entre outros. Pelos nomes e pela repercussão dos trabalhos e obras de cada um deles (inclusive do próprio Dimenstein), dá para ter uma idéia da seriedade desse trabalho.
Desenho-em-preto-e-branco-de-homem-se-fingindo-de-super-heroi-dizendo-minha-gente
“Você sabe que um candidato é mentiroso e tenta enganá-lo quando:- 1- Tem soluções para todos os problemas e, pior, tentar provar que há recursos e que é possível resolvê-los todos se for eleito; 2- Diz que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar mais as despesas) e, ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir os impostos, ou mesmo que não vai aumentá-los; 3- Gasta mais tempo em criticar os adversários e as propostas deles do que na defesa de suas próprias idéias”. (Ronald Kuntz, especialista em Marketing Político, em artigo constante do livro “Como não ser enganado nas eleições”; seu artigo tem 16 orientações sobre políticos mentirosos e informações importantes para o eleitor entender e analisar imagens e atitudes desses mesmos políticos).


Isso é inclusive muito importante para que tenhamos sempre em mente que eleição é assunto muito sério e que exige responsabilidade da parte de cada eleitor ao depositar seu voto na urna (ou, atualizando, ao clicar referendando o nome de um candidato ou de uma legenda política nas modernas urnas eletrônicas).
Outro dado muito importante refere-se ao fato do livro ter sido editado em 1994, portanto há dez anos atrás e, apesar dos avanços percebidos na área, continuar sendo um documento atualizado, que se presta a informar os novos eleitores dos meandros e desvios existentes na política brasileira.
Histórias como aquela contada no início desse artigo, em que nos referíamos a uma prática relacionada à República Velha, no tempo em que os Barões do Café controlavam o país, dentro do ciclo do Café com Leite, continuam ocorrendo. O pior de tudo é constatar que não são casos isolados e não se restringem apenas a pequenos municípios, de regiões isoladas, onde os índices de analfabetismo são altos. Também não estão limitados a bairros periféricos das grandes cidades, onde o desemprego e os baixos salários poderiam contribuir para que os eleitores se sentissem compelidos a barganhar o seu voto em troca de favores materiais.

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Sugestão de leitura da biblioteca Comunitária da Ponte Grande